O carnaval carioca |
Quando o precursor do carnaval, o entrudo, chegou ao Brasil, a cidade do Rio de Janeiro era a capital da antiga República brasileira. E foi nessa cidade que as comemorações tiveram mais força e foi uma influência sobre as outras regiões do país. |
O entrudo português possuía um caráter violento. Nas ruas, as pessoas mais pobres molhavam-se uns aos outros, usando ovos, farinha de trigo, laranja podre e restos de comida. Nas casas, as famílias se divertiam derramando baldes de água suja em quem passasse distraído pela rua. Por ser agressivo, o entrudo não era muito bem aceito pela sociedade brasileira. |
Foi então que o entrudo começou a ganhar um toque brasileiro, se afastando de sua origem européia. As pessoas passaram a usar água perfumada, vinho e vinagre para jogar uma nas outras. Além disso, em 1855, surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, as Grandes Sociedades. Elas comemoravam o carnaval usando carros alegóricos, sendo as precursoras do carnaval organizado dos dias atuais. |
Para comemorar o carnaval, o povo passou a disciplinar as brincadeiras de rua, passando a utilizar a organização das procissões religiosas. A partir daí surgiram os blocos e cordões, grupos de pessoas de origem humilde que animavam as ruas ao som dos instrumentos de percussão. Tais grupos dariam origem mais tarde às escolas de samba. Eles misturavam rituais festivos e religiosos africanos com tradições européias, que são as características básicas do carnaval carioca. Um dos grandes exemplos é o samba. |
Foi em 1920 que surgiram as escolas de samba, que realizavam seus desfiles pelas ruas do Rio de Janeiro. Em 1983 foi criado o Sambódromo carioca, um local construído propriamente para a realização dos desfiles das escolas de samba. Apesar de tornar-se um local mais atraente para os turistas, o carnaval carioca começou a perder seu caráter popular, pois foi a partir do início dos desfiles em um lugar fechado que a apreciação dos mesmos passou a ser cobrada, restringindo à população mais pobre de participar. |
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