Chico Mendes |
Francisco Mandes nasceu em uma família de seringueiros no estado do Acre, no coração da floresta Amazônica, em 1944. Chico, apelido de Francisco, cresceu entre as árvores e não aprendeu a ler até os 20 anos de idade. Nos anos 60, o preço da borracha haviam desabado em todo o mundo, e muitos proprietários rurais tiveram de vender suas fazendas para quem quer que pagasse mais. Consequentemente, seringueiros começaram a ser empurrados para fora de suas terras por ricos pecuaristas. |
Preocupado com a situação dos seringueiros, Chico se juntou a sindicatos para a proteção da floresta, e marchou ao lado de seringueiros, na tentativa de proteger a floresta através de manifestações pacíficas. Em 1977, ele entrou a vida política e se tornou vereador de Xapuri, sua cidade natal. Foi então que ele começou a receber ameaças de morte por parte dos pecuaristas. |
Chico foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, ao lado de Lula, que viria a se tornar presidente do país. Com o partido, ele liderou vários movimentos em defesa da floresta, e da exploração sustentável de borracha na região. Com o tempo, sua causa passou a englobar interesses de indígenas nativos e outros profissionais relacionados à exploração consciente da floresta, e ele acabou ficando famoso internacionalmente, até chegando a trabalhar ao lado da ONU. |
Com várias ações bem sucedidas para a preservação da floresta, como o desapropriamento de terras e a implementação de reservas extrativistas, as ameaças de morte contra ele tornaram-se piores. Ele e outros ativistas alertaram governos e mídia sobre essas ameaças, mas pouco foi feito a respeito. Até que em 1988, aos 44 anos de idade, Chico foi assassinado a tiros em sua casa, enquanto saía para tomar banho. Seu assassinato teve repercussões mundiais, e várias organizações exigiram que providências fossem tomadas para punir os responsáveis. Eventualmente dois fazendeiros foram convictos à 19 anos de prisão pelo assassinato. |
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